Juntem... As forças pra seguir nessa jornada... na na na na!... Busquem... As forças pra lutar na sua própria batalha... na na na na!... A poeira subiu de ambos lados Arames farpados olhos e punhos fechados, cerrados A face marcada pela mesma vida seca como a terra, rachada Uma sombra densa e pesada eclipsando o que há de melhor na sua alma O verdadeiro terror mais sufocante que o calor, eu disse: "Essa é a sua jaula" Os desertos se encontram de várias formas Seja no espírito no solo ou na mente através de idéias tortas Que produzem gente morta em escala industrial Guerra pela terra a pedra contra o tanque Guerra altera a terra nada será como antes Na inversão dos papéis do pequeno Davi contra Golias, o Gigante Como os barões das mega-corporações Gigante como o coronelado dos grandes e pequenos sertões Como os vários e vários e vários ubiratans (ubiratans...) Com seus sanguinários batalhões (É pedra e bala rasga o peito) Que na sua prepotência (De quem passa, passa sem destino) E ignorância bélica Não conseguirão perceber a força que a chegada certeira, daquela pedra Juntem... As forças pra seguir nessa jornada... na na na na!... Busquem... As forças pra lutar na sua própria batalha... na na na na!... Um beijo seco no portão do teu ouvido Quebrando cercas pra chegar, na nossa mira A pedra curte, a bala corre e voa A pedra fura, bala transpassa A bala é quente e a pedra é pura como um gole de cachaça Velho como teu projeto louco Forte como quem chora de medo Guerra pela terra A pedra contra o tanque Guerra altera a terra nada será como antes Escuto em alto falantes aquele som de cimento dessa muralha sem fim Desejo a pedra e a bala E a santa paz fora do jogo Pois o que fala alto é pedra e bala (Pedra e bala) Naquela praça onde as crianças brincam (Sol, poeira) Naquele prédio perto das estrelas (De pedra e bala) Naquele circo no qual quando chove não há espetáculo