Pelas margens alguns delírios insistem Em cuspir nos tabus que os reprimem E fazem valer a pena a vertigem De agir por meios que não existem Neste mundo desigual nem todo mundo pensa igual Eu não quero ser igual. Eu não vou fazer igual Com quem não se rende ando pela madrugada Pra você que não entende estou fazendo a coisa errada Ao pixar estes muros de fuzilamento Ao buscar um futuro sem sofrimento Não peça mais satisfações, só tenho insatisfações Entre poucas opções e outras opiniões E então diante certas incertezas Vão surgindo dúvidas de alta tensão Só me sinto seguro invisível Pra trocar este maldito fusível Eu só quero dizer o que eu não quero escutar O silêncio de quem não se importa Suas mentiras me fazem vomitar A inocência quando ela está morta Em meio à sujeira aos porcos Você é o que você tem Mas pra mim tudo é para todos Pra mim nada é de ninguém Autonomia!