Reviro minha mente, mas não sei onde estou Parece que a insensatez foi tudo o que restou Da decadência que estamos a comprar E consumimos dia a dia sem parar Com olhos famintos não se preza por ninguém Olham para você e tiram tudo o que tem E faz acreditar que para ser feliz É só não questionar sobre o que estão a inserir Nas promessas em cetim Nas urgências do motim Como tudo ficou normal Sem sabor e tão venal Não me cansa o retroceder Como tudo ficou boçal Sem teor, sem moral Não me canso ao retroceder Do dia a madrugada crucificam toda dor Exploram cada fato, sem remorso, sem pudor Tentam convencer que isso é informar Enquanto na verdade o que importa é faturar Com as desgraças do motim Embrulhadas em cetim Como tudo ficou normal Sem sabor e tão venal Não me cansa o retroceder Como tudo ficou boçal Sem teor, sem moral Não me canso ao retroceder A pureza, a luxúria, as ideias, as lacunas O sensato, o insano, o bizarro, o normal Como tudo ficou normal Sem sabor e tão venal Não me cansa o retroceder Como tudo ficou boçal Sem teor, sem moral Não me canso ao retroceder