De tudo que desejam, eu tenho e sorvo: Amor, descanso, paz - também riqueza - No rosto trago os traços da beleza que até, para os deuses, sou estorvo... A inveja cai em mim como uma Águia a desejar me devorar nos altos picos, mas meu couro em atrito com seu bico vira ouro e eu, enfim, não sinto nada... Meus talentos, podem ver, que são completos; Nada devo aos mestres desse mundo, nem a Deus, que me fez este obséquio... Porém quando eu entro nos botecos, que eu vejo o olhar do ser imundo, percebo que não sou mais que um projeto...