(nome completo... tem passagem?... aguarde o alarme!...) Procedimento comum, fase do testamento O que fazer pra reverter esse processo? Fica no ar a pergunta diante da questão w.o. para o bem na presença do mal vive como pode, meu povo pobre digno de respeito, tá merecendo um salve de onde venho eu trago más notícias dor, revolta, periferia angustiada se despertar seu interesse a nossa herança assine ao lado do ?X? e reconheça sua firma fuga, dois, três, sete, vamos embarcar rumo à Zona Norte, Ipiranga cenário do crime, cenas repetidas mortes fatais, situação crítica (vítimas ligadas ao tráfico de drogas) Ambição sem limite, curta trajetória Um, dois, três, quatro homicídios Num bingo, ontem, foram cinco Bem me quer, mal me quer, se não quer tem quem quer Suborno corre solto, é ou não é gambé Pá, pê, pil, pow, puta que o pariu Na mira da PT, cara, ninguém reagiu Mil vezes mil, será que vale a pena? A vida dos sonhos, quanto vale a sua vida? Raquete do inferno, mulher, dinheiro e fama Na porta a escama, no fundo a chama Trama perfeita pro sistema, há mais de quatrocentos anos que nos assombra Periferia, sinônimo de miséria, o testamento de uma herança amaldiçoada Nós enriquecemos a Europa, enriquecemos a América do Norte Pra nós sobrou as cadeia, as favela e os ponto de tráfico de droga, morô E o dinheiro não sobrou pra nós! (o testamento de uma herança amaldiçoada) Lá pra Zona Leste não muito longe é o meu lugar Zona Sul é minha área, pode acreditar Vila pacata, periferia, como diria o magrão Traíra é traíra e ladrão é ladrão Foi aqui que cresci e me eduquei com a lei da rua Adiantando vários lados, cultivando minha cultura Quatro anos atrás, eu me lembro bem Os manos trincavam sem olhar a quem Altas festas de quebrada, não tem como esquecer O som batia forte, tinha que ver Samuel... funk, curtindo um James Brown E uma pá de maluco vivia pagando pau Favela, malandragem, escola do crime Sobrevive quem é forte, não subestime Quem não valoriza o primeiro mandamento Cuzão do caralho, paga pau da traição Você merece a mais severa punição Que Deus se encarregue da sua destruição Auto avaliação me deixa mais seguro Reformulando um pensamento, sempre mais maduro Cada bairro uma história pra se contar É polícia e justiceiros em todo lugar Famílias pobres, comunidade em desespero Iludidos, esperando o dinheiro alheio Me lembro do barraco peneirado lá no morro Onde o menor foi encontrado com uma pá de pipoco Sem pista de quem foi, sem comentários Resgate não chegava, fato lamentável A mídia sempre esconde nossa verdade Te mostram o contrário, não existe piedade Sempre foi assim e assim sempre será Os pobres na miséria, mas sem medo de falar Mundo do cão, ladrão, é com você sangue bom Na parada de cara trincando com os irmãos Sempre na pule e á pampa, e com muita confiança Confie em você e não perca as esperanças Seu passado é complicado, cê tá ligado Mas o nosso testamento jamais será quebrado Graças a Deus eu tô vivo e tudo valeu Ribeirão Preto, Adão do Carmo, eu sou um filho teu Nós enriquecemos a Europa, enriquecemos a América do Norte Pra nós sobrou as cadeia, as favela e os ponto de tráfico de droga, morô E o dinheiro não sobrou pra nós! (o testamento de uma herança amaldiçoada) Doze horas daqui, destino DF Ponto exato C.E.I., referência ÁLIBI Já pude conferir, lá também não paga Até o torcedor do gama perdeu as esperanças Dumdum no tambor, dedo leve no gatilho Em um dos nossos shows eu vi o mal agindo (... embaçô... embaçô... gambé na área ó...) Acendem-se as luzes, porta fechadas Clima de tensão, cola a gambezada Intimidam a todos despertando o medo Gás lacrimogêneo, exibe o armamento Eles se vão, mas deixam no ar O ódio, a revolta, a segundos da desgraça Um cara, uma mina, tiros na cabeça O testamento de uma herança amaldiçoada Nós enriquecemos a Europa, enriquecemos a América do Norte Pra nós sobrou as cadeia, as favela e os ponto de tráfico de droga, morô E o dinheiro não sobrou pra nós! (o testamento de uma herança amaldiçoada)