Ô vó, sempre que eu ia dormir o pai contava uma História, conta uma pra mim? Tudo começou quando Ô pai, aquele dia que o senhor não tava aqui, foi Essa história que o avô contou, conta uma outra pra mim? Era uma vez Família pobre, pai, mãe, filha, um filho caçula É sempre assim o troféu de uma vida dura Carro, casa, teto, cachorro fiel Parabólica no telhado, obrigado pai do céu Assisti a TV, como eu podia perceber? Uma vida padrão, se preocupar por quê? Noite fria, chovia, ruim pressentimento Todo mundo pra cama, o momento Na sequência invadiram a parada É, eram uns malucos de uma área de outra quebrada Requintes de crueldade, maldade que nos invade Assassinos por natureza, as portas do inferno se Abrem Amarraram o pai na cadeira Que assistia a tudo, crimes de bobeira O mais folgado de todos segurou a filha E abusou da garota na frente da família Sentaram o dedo na mãe, no pai também e pá Com o canhão (licença que eu vou fechar) Derrubaram o pivete (foi mano?) Foi, não entendi essa parada (pivete eu vou te dar um Boi) Coronhada certeira, a cicatriz muito feia Mesmo que queira o meu nome não vou dizer Fez a marca da gangue na parede, aí, não se esqueça Ele cresceu com a cicatriz e a marca na cabeça Deram a maior goela, deixaram uma pista Poupar o pivete foi o erro de uma vida (Pai, porque não mataram ele?) ah, deixa pra lá São os mistérios de Deus, eu não vou discordar O caminho da luz é você Jesus, o caminho da paz e da Glória (Contos do crime) sempre haverá uma história O caminho da luz é você Jesus, o caminho da paz e da Glória (Contos do crime) sempre haverá uma história O da quadrilha tinha uma paixão secreta com o seu Canhão Eu te amo neném, sempre dizia ladrão Se a bala atira com o seu nome, aí, é lamentável O gás sobe, o sangue ferve, tipo inflamado Quando atirei no maluco o lugar clareou Ele me disse na sapolândia, morô Pode abraçar essas ideias, aí, tô te falando Cochilou o cachimbo cai fulano Trombei um mano lá na área que colou em mim (Aí mano, tô no veneno, tipo assim Cê viu naquela goma teve a maior desgraça Uma família foi pro saco de graça) Ele desbaratinando nóia, aí mano, cê nem me viu Logo logo levou baixa, pow, sumiu À queima roupa derrubou o menor Lá na sapolândia ele disse sem dó Tava na febre, maluco, ele tentou correr A bala da minha 9 correu mais que ele Mas não mudando de assunto eu vou continuar A história da gangue e pá Vivendo na penumbra entre as sombras ali é macabro Tolerância zero, refrigerado, niquelado Apavorando nas pule, assassinato Auto poder de fogo (shiii) no prato Tem a fita de 157 que o trujão falou (Que a fita é uma correria o medo tá aí moro!! Ar 15... Deluxe... Se liga só hk 47 e duas giringó, gás Lacrimogêneo e umas bombas de efeito moral, tá Valendo) Tava á pampa de armamento, cancelou o canal Só tinha que descolar duas granadas de pó Não podia despertar ciúme no seu canhão Descolou cinco fardas da PM Crime hediondo, novato treme O tempra e o ômega dizem ser valvulado por nó Nego rato de bh e o pixote Mas o entrujão que deu a fita cagoetou Cresceu os olhos no esquema, a quadrilha rodou Sentença, trinta anos, conviver no ninho de cobras Bicho solto, põe a cova, salve sua pele Pode dormir vivo, maluco, e acordar no iml Salve sua pele Bem vindos a pra2, distrito de baurú Ali o demônio veste cinza ou azul Amarra os botijão nos reféns, vamo tomar a cadeia Mete fogo no colchão, a coisa ficou feia O babilônia com as pernas da calça se enforcou Os ladrão da rua 4 as facas já amolou Os detentos já renderam o carcereiro Eram 6 da tarde, do boi eu ia pro chuveiro Mas o caveira já era o dono da situação Era a cara dele, mano, essa rebelião Em frente as câmeras matou um dos seguro A carceragem apetitosa ganhou muros Vejo um tumulto ali, tropa de choque (shii) Mais um rio de sangue, eu já posso sentir Uma privada e uma torneira, depósito humano Uns 26 ladrão num 2 por 2, reeducando Antes de entrar no x tira o sapato ladrão Paga uma ducha no boi, nota de Cuba na mão O que não tem sua jega dorme no chão O cigarro é o dinheiro, droga é na visita irmão O mais velho do x é o xerife da cela É o juiz de vida ou morte com sua prega Se tiver a costa quente o carcereiro é seu amigo Se não tiver visita cê tá perdido Vai morrendo aos poucos, bem devagarinho Vai virar zumbi num mundo esquecido Fazendo artesanato, costurando bola Só contagem na cabeça, sua esperança indo embora É ladrão, tô saindo fora e agora Tudo começou por causa disso Cola aí na grade, pessoas vivendo como um lixo Se tem o dom tente a sorte, a gangue atuada Deus me livrou dessa, aí, sem palavras O que o homem plantar, isso também se fará Semeie o ódio então o mal te colherá Vai ter sangue no pátio, mandaram pipa pra mim O calendário da morte foi riscado assim Um da gangue morreu, treta com cigarro O outro esfaqueado no rolê no pátio O mais folgado de todos afogado no vaso Nego rato, pixote, na fuga baleado O chefe da quadrilha uma bíblia ganhou E aceitou a Jesus como seu salvador Em uma vida no crime o que deprime é persistir no Erro A cor da sua vida sempre foi a do sangue vermelho De inocentes que cruzaram o seu caminho Deus o salvou, libertou, não está mais sozinho Pena reduzida por bom comportamento Cumpriu pena, saiu da cadeia por pouco tempo Montou família, um lar, um emprego descente A responsa de crime saia da sua mente Tem uma vida alegre e nova com Jesus O evangelho trouxe mais um das trevas pra luz Jesus Cristo, o caminho, a verdade, a vida Apenas mais uma história O caminho da luz é você Jesus, o caminho da paz e da Glória (Contos do crime) sempre haverá uma história O caminho da luz é você Jesus, o caminho da paz e da Glória (Contos do crime) sempre haverá uma história Vocês devem estar se perguntando (Ô pai, e o pivete que não morreu Na vida dele o quê que aconteceu?) A semente caiu em solo ruim Entrou no mundo do crime, a vida é assim Cresceu sem pai nem mãe, é triste a cena Pode crê, o perfil periculoso Psicopata, maníaco depressivo Temporariamente insano, inimigo Perito em armas de fogo, veículo terrestre e aéreo Especialista em explosivos, se liga, é sério Saca de guerrilha urbana, na boca é patrão Opala preto dublê, hã, som de ladrão Quando entra no x é só festa Cinco salomão tatuado e não se esqueça não Rodou uma, pode torturar Afogamento, choque elétrico, pau de arara Cê quer da uma de herói ou de bandido? Código de honra de ladrão não tem comigo Aqui cê conta tudo ou morre, entendeu amigo? Isso não funcionava com aquele bandido Entregar sua muamba era embaçado É sujeito homem, queixo duro, cadeado Uma pá de joia, armamento e os dólar Amarraram a empregada e no Mercedes saiu fora Perito em fuga arriscada, assalto a carro forte Poema da noite, sinfonia da morte Só a sina tipo o bom, 157, 148 Se cair com duque 13 vão te levar pra globo Vão mudar a data do seu aniversário Pra dia 2 de novembro, finados Sem choro nem vela, nem fita amarela Notícia na tela sem exame de balística Se morre estuprador é sem exame, sem perícia Cadeia é a vingança da sociedade Onde não se recupera o criminoso, não é verdade Eu te digo não é conversa abra o coração Só com Jesus Cristo a transformação O menino cresceu na rua revoltado Escola do crime, nota 10, aprovado Filme calculista, não deixa pista Nove milímetros se se coça te sapeca com perícia Maninho eu não me iludo Trocar tiro é o seu mundo Se crescer a cobra fuma, tá constando maluco Não tinha nada a perde mano, cê tá sabendo A vida dele acabou quando os pais dele morreram Tá fazendo uma cara, 15 anos ou mais A sua meta era a vingança dos seus pais Pintor bizarro, assina o quadro A marca da gangue em cada assassinato Vulgo cicatriz, assim era chamado O anjo da morte agora tinha um discípulo Com isso o bandido não havia previsto Vivendo com a família sossegado Filho, esposa, carro, lar, um filho tranquilo e calmo Sentado a pampa vendo TV Noticiário das 8, e aí, passo um pano, pode crê (Mais um assalto da gangue do cicatriz... Invadiram Uma casa de classe média... E há sinais de requinte de Crueldade por toda a casa... E o que mais intriga a Polícia é uma estranha marca na parede... ) O ex-chefe da quadrilha, convertido, não acreditou Viu o símbolo na TV e logo pensou Os meus capangas morreram, aí, ninguém sobrou Não, não, não, não, devo tá louco, isso me Impressionou Nem terminou a frase calibre de voz PT na mão, sangue no olho, enfim sós Sentou o dedo na mãe e também na filha Poupar o garoto, a lei da quadrilha (Ó, meu senhor perdoe o que o seu filho fez Morreu de bruços com o salmo 23) (Olhe pra mim!) e aí sangue ruim, lembra de mim? Eu sou aquele pivete, na minha família você pôs um Fim... (pá pá pá pá) O caminho da luz é você Jesus, o caminho da paz e da Glória (Contos do crime) sempre haverá uma história O caminho da luz é você Jesus, o caminho da paz e da Glória (Contos do crime) sempre haverá uma história Um tempo passou o cicatriz foi preso Já era de se esperar isso mesmo Um remorso no coração sentia No pavilhão, crocodilagem, patifaria O olhar de vingança em cada preso (Aê ladrãozada, ficha o cicatriz hoje mesmo) O carcereiro chamou (cola na grade cicatriz) (Diga aê) (tem visita pra você, vai indo pro x) Quando ele olhou era um homem de terno (Com uma bíblia na mão, aqui no inferno? Tu é Louco!) Disse pra ele que Jesus o perdoaria De tudo o que fizera, roubo, mortes e as famílias Que ele sem dó assassinou Disse que era o filho do homem que os pais dele matou E ele por vingança matou os meus Uma lágrima do rosto do cicatriz desceu Eu te perdoo em nome de Jesus Que morreu por mim e por você pendurado numa cruz Nove presos de joelhos e o cicatriz aceitaram a Jesus Final feliz Esse é o Deus que servimos, à ele a honra e a glória Aí mano, se liga, apenas mais uma história (Contos do crime, sempre haverá uma história) - Eu aprendi que no crime sempre haverá uma História... Conta uma outra?