As ondas da vida me levam o ar E tudo que eu vejo é de se suspeitar O presente confuso de vidas e lutos São dois corpos em cofres Vidas sem ser São tantos normais na regra do jogo Um arquético modo de sobreviver Dialética a vida dos seres humanos Sem asas, com quedas Baques porquê? Há nas ruas a decoração da miséria Há no ar, não ar, há poluição Realidade no fim de ocupadas calçadas Teatro constrito de quem tem poder Anos e anos de lá pra cá As belezas humanas a desencantar Paraíbas fingidos a enganar Homem ↔ caverna = caverna moderna E toda penúria parece eterna Toda penúria parece eterna E toda penúria parece eterna Toda penúria parece eterna