Dependência...Obsessão... Passado. Aos homens enterrados na miséria o escapismo assegura a ilusão do que lhes foi negado (felicidade e liberdade). E por becos, vielas, lixo e ruas de terra rastejam aqueles que negaram a si mesmos. Corpo podre, pele imunda... Vômito! Envenenada vai mirrando a sua carne. Da alma exala o cheiro do álcool. Imagem nojenta do que antes era um homem... Viciado! Cai a noite no vale dos excluídos. Em cada esquina o seu paraíso; em cada calçada o seu inferno. Vermelho dos teus olhos: fracasso. Feridas da sua pele: a morte. Dentro de cada bar jaz a esperança e envenenado o corpo sofre... Agonizante o povo morre! Uma barreira de Álcool e sangue à frente daquele que trilha o caminho da vitória. E como o vento emergindo da aurora a esperança renasce na resistência ao veneno. Eu neguei! As marcas negras se cruzam nas mãos que se erguem e tatuam a alma daqueles que resistem! Sem obsessão, sem dependência, sem ilusão e sem fraqueza.