Tom: D D7 Eu vivia apressado, sujo e sem dinheiro A cabeça lá em cima e o pé no chão De carona, camarada, andei o mundo inteiro Me criei foi na boléia de um caminhão G7 Vi jibóia comer gente lá na Paraíba Vi ladrão matar polícia lá no Ceará Na Bahia vi morena com a bunda em riba Em Sergipe vi o rio desembocar no mar D7 Em Recife vi caboclo fazendo batuque Vi os cego fazer reggae lá no Maranhão Tem uma turma em Natal que só gosta de rock Em Alagoas o povo gosta é de dançar baião G7 Em Teresina vi um véio que é cabra da peste Na sanfona com certeza ele é o mió Vi cristão passando fome por todo o agreste Capinando o roçado debaixo do sol G7 Abra os zóio, matuto D7 Venda fiado não A G7 o povo lá no sul pensa que nóis é besta D7 Nois né besta não D7 Cortei estrada por aí durante muitos anos Ouvindo moda de viola até o sol raiar Conheci um pessoal que é muito bom no canto Bule-Bule, Wilson Aragão, Xangai e Elomar G7 Essa turma é respeitada em todo o nordeste Porque cantam as mazelas da população Uma turma consagrada que passou no teste Do legado aí deixado por rei Gonzagão D7 Me emociono toda vez que passo no '’reconco’’ Nunca vi lugar melhor para as nega sambar Mas, não se engane, no sertão o cabra fica tonto O rebolado das donzela é mesmo de lascar G7 De malandro engravatado o mundo tá cheio É melhor abrir o olho pra não se dar mal Pra olho gordo vou dizer qual o melhor remédio: Duas gotas de colírio com Zero Cal