Qualquer um era um cara como outro qualquer Não tinha uma fobia, uma mania sequer Mas havia nele algo fora do comum Uma vergonha, seu nome era Qualquer Um Oh, pobre Qualquer Um Mas que nome incomum Agora já é tarde para se lamentar Todos já sabem como devem lhe chamar Qualquer Um toda manhã sai para o seu trabalho E ao chegar, Qualquer Um gosta de um café com cigarro Qualquer Um escuta quieto o seu chefe falar E espera a sexta-feira chegar Oh, pobre Qualquer Um Um nome incomum Agora já é tarde para se lamentar Todos já sabem como devem lhe chamar Qualquer um as sete meia sai e compra pão E ao mesmo tempo em que janta assiste televisão Qualquer um todo domingo recebe jornais E lê que agora as ovelhas são iguais Oh, pobre Qualquer Um Um nome incomum Agora já é tarde para se lamentar Todos já sabem como devem lhe chamar