O medo toma conta do medo Pra que ele não possa fugir O medo que me faz chegar cedo Com medo de ter pra onde ir O pensamento seca a minha boca E a palavra custa a surgir Enquanto a multidão fica rouca Tudo o que eu quero é sumir Na fibra do momento, a calma se dispersa E um instante após o outro, é tudo que interessa Pra que tanta pressa? O complexo de existência É tudo que nos resta O cárcere não é mais privado A fuga não é mais solução A ideia de esperar o confronto Me causa muita má impressão A voz que sai é um desabafo Quase no tom de uma confissão O medo põe na culpa na gente E gente escuta todo o sermão Na fibra do momento, a calma se dispersa E um instante após o outro, é tudo que interessa Pra que tanta pressa? O complexo de existência É tudo que nos resta