Vó, cadê o tio Billy? Vou mandar seu avô procurar ele Então vai lá, porque eu tô com saudade Puxa fundo vai morrer Num segundo, quer o quê? (Diz!) Eu não quero ver o mal Em um irmão que não sabia o que era o crack Superior, Super Billy Isso te destrói, por dentro me corrói Quando vejo você querendo ser super-herói Não gosto da parada, ligo os camaradas Isso traz desgraça Escapam, não escapam, às vezes escapam Estão na madrugada dando várias mancadas hah, que loucura Quem vive sabe dizer, quem morre sabe por que Na balada ao amanhecer Kryptonita prevalece na dupla sobrevivente Embalado, com medo do Sol Billy enrolado, parece um anzol Com sua energia atraente Billy sente Sua língua ficando dura de repente Ao ataque! Ao ataque! Overdose o ataca Pega uma colher, põe debaixo da língua se não ele não escapa Grande Madureira incentivando vários moleques Puta mano errado, quase vai o primeiro pivete O primeiro pega ficou relax O segundo hah, jamais esquece Mais um nascido e criado na Zona Sul Rejeitado na favela, já foi mais um Na periferia só mais um rapaz comum Mais um nascido e criado na Zona Sul Rejeitado na favela, já foi mais um Mais um rapaz comum Mais um rapaz comum Billy Billy Billy Billy pá, hah Billy Billy Billy Billy, vou já! Ao passar do tempo, Billy se recupera Tira a colher debaixo da língua e vai buscar uma pedra Pra você ver, Billy no rolê, é normal Sair na captura de 1 real Sem dinheiro no bolso, tem maluco que passa mal 5 da matina, seu pai tem que ir trampar Vira a esquina e encontra o Billy perto do bar do Lagoa Onde duas semanas atrás mataram uma coroa Billy, que cê faz essa hora no bote? Ah pai, saí com as minas, tô chegando agora Simplesmente, Billy mente Ele tava no barraco a noite inteira Se acabando no cachimbo com Madureira Billy no pião encontra com Cipó Cipó, com uma na mão, já chama pro mocó 1 2 3, Billy não pensa duas vezes O cachimbo já tá pronto, foi Cipó que fez Billy bate na porta do céu, escuta réu Na sua mãe, a dor que bate no peito, não tem jeito Pra seus amigos entrou no crime, perdeu respeito Seu João revela com dona Maria Pressente o fim de um sonho de ver o filho formado em advocacia Como tantas vezes prometia para os seus pais Que não mexia com droga, estava bem na escola E seus professores eram legais Dona Maria sempre dizia: Abre o olho João Agora é mais difícil controlar o vício Está viciado na pedra, cada vez que pita quer mais um pega Mais um nascido e criado na Zona Sul Rejeitado na favela, já foi mais um Na periferia só mais um rapaz comum Mais um nascido e criado na Zona Sul Rejeitado na favela, já foi mais um Mais um rapaz comum Mais um rapaz comum Mais uma vítima, não ficou pista Kryptonita, fase da vida é assim Dura de viver, quem vive sabe dizer, quem morre sabe por que Dona Maria pobre e velha, esquecida na favela Seu João indisposto, morrendo de desgosto Seu João é preto velho, tem malícia Já entregou pra Deus, só aguarda a notícia É triste pro pai saber que já Seu filho vai, só companhia errada Ideias furadas, criaturas Que não valem nada, o primeiro tomou o bote Madureira foi linchado pro lado do Inocoop Paulada, pedrada, até choque, pelo que fez foi até pouco Essa morte judiaram, depois Deram 2 pipoco no coco, mas aí já estava morto É o final de quem apronta, acerto de contas (vou já!) 10 em ponto, vamo pro ponto, é logo ali Vamos pegar um busão pro parque e ir direto pro Aracati, tem uma festa lá em cima Mas antes vamos passar no Vaz de Lima Lá eu soube que Cipó já foi 1 2, não deram boi Rápido, ninguém viu, pow-pow-pow e já caiu Mais um pilantra que subiu em meados de Abril 15 de Agosto de um ano qualquer Foi a vez do Billy, morreu pro lado do café Amarrado, enforcado Morreu que nem viado, vestido de mulher Seu João não suportou o fato Morreu duas semanas depois, de infarto Dona Maria chora todo dia Tem saudades da família Do seu velho, do seu filho O terço agora é seu abrigo Com ele na mão pede proteção E pede pra ir embora; olha para o céu e diz Que toda vez que chove é seu menino que chora Pode crer Cobra Aí são várias histórias todos tem lembrança que vem do além Mas também veja bem não é bom pra ninguém Aqui na área também tem esse problema também Só digo amém Helião não tem rancor de ninguém tudo bem bem bem Não é só pra mim Conexão do Morro manos de bem bem É sempre assim som que chapa o globo Sandrão Também faz parte do jogo da licença vou chegar Só pra sumariar todos sabem que se é pra por na seda Então proceda mano sai de mim sem essa de cachimbo Tô tranquilo que é da minha biqueira sabe coletividade a toda parte Jardim Imbé, Capão Redondo, Pirituba nem se fale Helião é compadre Conexão do Morro, RZO é de praxe Mais um nascido e criado na Zona Sul (Periferia é assim) Rejeitado na favela, já foi mais um Essa é a lei de um por um, um rapaz comum Mais um nascido e criado na Zona SulSul (Saiam da mira dos tiras) Rejeitado na favela, já foi mais um Mais uma bala dum-dum Mais um rapaz comum Vira estatística na Zona Sul