Às 04:00 da manhã, acordo com o despertador Poucas horas de sono, compenso no metrô Rotina exaustiva, o cansaço é diário Motivação tem nome e dorme na cama ao lado Um abraço na esposa, um beijo em cada filho Antes de sair de casa a saudade já vem comigo De joelhos dobrados, faço preces a Jesus Em busca de uma luz vou na fé que me conduz Entre a espada e a cruz, supero até o inferno Enfrentando demônios pelos meus aguento quieto Esporro de patrão, não, não posso revidar Tenho contas a pagar, bocas para alimentar Sem perder tempo no bar, minha família me espera Um abraço sincero em quem amo me regenera Perdoa se a ausência vem causando conflito Sem qualificação tudo fica mais difícil Nem o analfabetismo, me impede de escrever Uma história de vitória pra mim e pra vocês Vou enfrentar o mundo, faço o que for preciso Derramo um mar de lágrimas pra ganhar teu sorriso Vou lutar por vocês, amar outra vez Fazer o possível Pra não vê-los chorar, sofrer nem pensar O que for preciso Lá se vai, um bom trabalhador, um bom pai O pão sobre a mesa, fecha a porta e sai Sei que vai, se volta não sei, é outra história Te aguardo chegar tá? Tô contando as horas Pedi misericórdia nessa noite anterior Anjos te protejam, acompanham o senhor Batalhador, meu herói, meu exemplo Provando a cada dia que o fim do sofrimento É nada mais, nada menos que apenas dias de luta Sorrir na dificuldade é um ato de loucura Ôh vida dura, aos 18 largou tudo Cruzou mil deserto, sonhou ganhar o mundo A inocência é uma cruz, é um fardo Prova os humilhados se tornar capacitado Quantos apontaram dedo, julgaram no erro Extrai do própio medo, honra pra bater no peito Ví, dobrar o joelho e acender outra vela A fênix nascendo nos berços da miséria O mérito da guerra foi poder chegar sorrindo Cansado do serviço e abraçar seus meninos Vou lutar por vocês, amar outra vez Fazer o possível Pra não vê-los chorar, sofrer nem pensar O que for preciso Um de treze e um de dez, cujo a mãe abandonou Lembranças mal tenho, o tempo apagou Sobrou pro pai, dois filhos que não vê mais Felicidade como via, a tempos atrás E nada mais importa, e as pétalas de rosa Indica, o caminho que as feridas cicatriza Indica, pra ele seguir, e poder virar a página Não regue seu jardim com lágrimas Cabra da peste, levanta a cabeça e segue Que a vida não é um teste, o que não mata, fortalece Enriquece, força e cresce, que os pivetes não tem culpa A solidão é um martírio pra sepultura Homem de bem, não deve nada a ninguém Sociedade enxerga só aquilo que convém Refém de milhares, sobre olhares, preconceito Só queria respeito! Cê vê direito, meu exemplo foi herói A falta de compreensão as vezes me destrói, por dentro Me perdoa se faltar argumento É complicado falar de sentimentos, sem ressentimentos Vou lutar por vocês, amar outra vez Fazer o possível Pra não vê-los chorar, sofrer nem pensar O que for preciso