Avisa se vê a paz no cativeiro sofrendo Fala pra Deus continuo não entendendo Vai vendo, ontem questionei a consciência Forçando alegria, vivendo de aparência Talvez a influência dos meus dias negativo Te console com amor no vale dos depressivo Noite perturba lembranças da guerra Colhendo flores mortas no jardim da tragédia Troféu pelo mérito de ainda respirar Embora esse motivo é o mesmo que me faz chorar Querendo se jogar do arranha-céu mais alto Pra que vejam no asfalto O corpo esticado ali já morria por dentro Sem sentimento era só questão de tempo A dor é um sofrimento incolor que ninguém vê E quando perceber vai se perguntar, por que? Só sabe quem chorou no quarto isolado do mundo Segurando a faca na veia do pulso Passando mil fita na mente suicida Talvez valorizem se ato for terrorista Na avenida Paulista no centro de São Paulo Na arena do Corinthians num clássico lotado Embaçado acreditar que tudo vai mudar Tenta ser forte outra mãe vai chorar Serei mais um entre os corpos abatidos Convicto de um sonho frustrativo Não existe sorriso no castelo de horror Coração de mãe chorou O louco que sobrevivo, quero deixar escrito Exemplo digno, no campo de extermínio Onde ecoa os gritos ao invés de serenata Encontraram o corpo de outra jovem amordaçada Assassinada, tinha tudo pela frente Viciada em crack de abandono e pai ausente Anjos inocente, anestesiando a mente Inevitavelmente corpos que vagam carentes O que segura a gente quando chega a má notícia "Seu filho foi morto trocando com a polícia" Eram seis na quadrilha na agência bancária Medalha pros gambé e lucro pra funerária Quanto mais toca na cara, menos livro, informação Mais inocentes sofrendo retaliação O caveirão que sobe, desce com um baleado Deixando outro pivete que vai entrar pro tráfico A válvula de escape pros menor que é puro ódio Futuro caixão lacrado, outro velório País falido leva o dedo pro gatilho Pros massacre nos presídio virar queima de arquivo Quebrando o sigilo, o rap não oculta Brasil é uma zona a balança não é justa Gringo filha da puta diz que a terra é tropical No cativeiro na mira do Fuzil Fal Serei mais um entre os corpos abatidos Convicto de um sonho frustrativo Não existe sorriso no castelo de horror Coração de mãe chorou Tenta ser forte, buscando algum motivo Que o Sol do amanhecer possa te arrancar do abismo Silencia os gritos da mente cansada O fardo das mágoa, pesa uma tonelada As foto com efeito, oculta o sofrimento Nem sempre uma imagem revela o sentimento O que trago por dentro vai além da compreensão A lágrima no olhar, é dor sem compaixão Ouvindo a solidão no ouvido afirmando Eu vou te enlouquecer, cê não passa desse ano Esquece os planos, seu fim já tá próximo Matarei aos poucos com ódio e remorso Antecipa o óbito, se pá é isso mesmo Cansado dessa porra que me mata por dentro Cenário perfeito, sem mancha de sangue Sirva de exemplo pra outros semelhantes Ataque fulminante, sem chance, já era Se a morte faz questão, aguardo me leva Fica o registro de quem lutou com honra Onde o efeito depressivo foi explosão da bomba Se vegetar em coma, desliga os aparelhos Conforta aqueles que dobraram seus joelhos Assombrado pelo medo faço o último pedido Pede pra minha mãe cuidar bem do João Victor