Favela Sangra muleque Desde pivete, nos campo minado Observo mundo moderno, vai segurando A forma de protesto Pai de família, trabalhador, filho na escola que a mãe deserdou Agora é bastardo porque a polícia fez um finado, ao julga pela cor Vamo que vamo pra luta negô Continuidade à literarura, mente formada, mente blindada Chega de ódio e cavar sepultura Um pé na arena, já tâmo em combate Nunca dei milho pra não ser cobrado Base de tudo é lealdade, paz da família e morrer cadeado Favela sangra, favela troca Seja civil, militar ou a rota Nos campo de guerra não tem compaixão Porque a flor da esperança tá morta Cheiro de pólvora, vejo inocente Traço a meta que levo em mente Sobrevivente das ruas de terra Contra o sistema vou bater de frente! Favela sangra, favela chora Deus cria, a rota fuzila Nada a perder, matar ou morrer Se tá na mira então engatilha Premiação, medalha de honra Carnificina e caixão lacrado Bom combate para nos soldado Linha de frente nos campo minado Vivendo nos becos estreitos do gueto eu vejo a maldade Estampada na cara do filha da puta fardado Que mata jovem inocente por nada São vários exemplos, você mesmo vê Quantas famílias tem alguma história De alguém que era ou não era do crime Que hoje as pessoas guardam na memória Irmão, é só Deus pra nos livrar De todo perigo que a vida oferece Como ambição, traição, covardia Patifaria que realmente acontece Aqui, nesse mundo que eu vivo E convivo com tantos monstros noturnos Que como se fossem almas vagantes Fazendo de abrigos um temendo ao escuro Muitos foram assim dessa forma Quantas vida jogada fora, mas o que é foda É saber que são jovens e muita gente sofreu nessa história Chegou a hora de por uma pedra Em cima das páginas da desgraça Não quero rever esses fatos Que trás tristeza pra nossa quebrada Quem não luta, não vence a batalha não Independente da situação São poucos na disposição De ir em frente e cumprir sua missão, irmão Mesmo sabendo que é rara As oportunidade de vencer aqui Não podemos lutar pra caralho E no meio da batalha a gente desistir Favela sangra, favela chora Deus cria, a rota fuzila Nada a perder, matar ou morrer Se tá na mira, então engatilha Premiação, medalha de honra Carnificina e caixão lacrado Bom combate para nos soldado Linha de frente nos campo minado Ascenderam do verdin, do borracha, do alecrim Tá bom, deixa os menino bom Incendiar o salão Deixa os muleque da rua viver Deixa o sistema vim pagar pra ver Nossa vitória, é questão de tempo E como a fênix vou renascer Não foi pelo ouro, não foi pela prata Entende, essa porra! Viemos na raça Não foi por dama na cama, dizendo que ama Ciente das regra, não posso dá falha Olho por olho, dente por dente País corrupto, sem direção Desgovernado, despreparado Chapéu atolado, vejo multidão Informação, não vejo cultura Saneamento, infraestrutura Vejo regresso, comemoração Dos pancadão, a indústria de puta Fabrica arlequina com ouro e joia Balançando a bunda Nos camarote, estoura champanhe, estoura no norte Toma balinha e cai de overdose Pique avalanche, tsunami, sai da frente Não é facção de crime não, é o rap consciente Tamo no corre pra mudar essa porra Mostrando que a favela sangra nos fronts Saboreando o amargo do féu Conecta Drama em meio aos traçantes Favela sangra, favela chora Deus cria, a rota fuzila Nada a perder, matar ou morrer Se tá na mira, então engatilha Premiação, medalha de honra Carnificina e caixão lacrado Bom combate para nos soldado Linha de frente nos campo minado