Convivo com a dor da realidade Coração ferido que sofre e ainda bate Vivo por milagre, quem luta sobrevive Ainda tô de pé no ringue Sede de vitória, quero glória e paz eterna Escrever nas estrelas a trajetória de um poeta De forma cautelosa, embora a cena é triste Cancela o nocaute ainda tô de pé no ringue e não vou me render Ei mano, cê quer saber? Nessa arena eu já entrei programado pra morrer Pelos preto, pelos branco pelos olhos que hoje chora Então entrega, a fórmula que eu juro que vou embora Me diz quanto mais cê quer ver de joelho Com juras e promessas sem afeto em desespero Herdeiro da esperança tem uma hora que não aguenta mais De cabeça quente vai esquece os conselhos do pai Se joga com o pescoço enrolado na corda A sete palmos de cova enfeitado de rosas Saudade transborda em gotas transparentes Que cai suavemente pelo semblante da gente É quente, nem sempre fui o cara que te deu orgulho É que a vida é um mistério, se as vezes não entendo os bagulho Louco sei lá, se pá eu vivo agora Expressivamente resgatado favela à fora E nunca vou esquecer do motivo que me faz viver Levar ao espírito fraco, força e poder Te ajudar a compreender que ser feliz é renascer Se eu tô de pé no ringue, é somente por você Convivo com a dor da realidade Coração ferido que sofre e ainda bate Vivo por milagre, quem luta sobrevive Ainda tô de pé no ringue Vou pelos cantos, pelos loucos aos românticos Aos corações em prantos protegido pelos anjos Não beijarei a lona, não dobrarei meu joelho Por você, resgataria a paz no cativeiro Sem medo, enfrentaria o mundo opressor Com a voz do excluído e o coração do gladiador Constelação noturna que atrai a multidão Amante da solidão que sobrevive entre os leão Na selva, vira atração ao trazer simplicidade Alvo da sociedade sou suspeito em destaque Pelas frase, pelos verso, pelo caráter singelo Entre palácios e castelos sinto sede no deserto Você sonha eu realizo, você sofre eu também choro Você ama eu odeio, as cerimônias de velório A paz tá em óbito o amor em cativeiro A fé esqueceram e foram acumulando medo Nos guetos da vida, compaixão mal sucedida Cadê as torre do bagulho que falava em disciplina? Seduzido pelo brilho atraente do luar Deixei a alma compor e meu coração cantar O que laiá laiá trás pra mim boas lembranças E alerta mundialmente que o futuro é das crianças Plantando esperança, quero amor ao colher Se eu tô de pé no ringue, é somente por você Convivo com a dor da realidade Coração ferido que sofre e ainda bate Vivo por milagre, quem luta sobrevive Ainda tô de pé no ringue