Deixa eu apagar as velas, fazer o meu desejo Reforçar a oração que a coroa de joelhos Suplicou por noites, pedindo livramento Um dia de sorriso pra esse mar de sofrimento Contamina os pensamentos, só vejo uma saída Corta os pulsos no banheiro, da um fim pra essa vida Pelas noites depressivas, isolada no quarto Quero poder sentir calor humano de um abraço Os traços do semblante, revela a frieza Ansiedade em conflito com a tristeza É tipo um luto 24 horas, faz sentido? Travar uma guerra onde o único inimigo Sou eu amordaçado, no cativeiro Refém do medo, e das sombras do pesadelo Convencido que é um erro, acreditar que sou feliz Se o reflexo do espelho ainda mostra a cicatriz Cheio dos traumas psicológico, problemático O isolado da esperança, conturbado Cêis não ta nem ligado o quanto custa amanhecer Ter que escutar bom dia, quando a vontade é morrer Pior não é saber o que eu tô fazendo vivo Acumulando ódio num coração depressivo Já escutou os gritos da solidão no peito? Vai entender que a dor é um sorriso que traz medo A lágrima nos olhos, carrega os meus segredos No reflexo do espelho A lágrima nos olhos, carrega os meus segredos Um refém dos próprios medos Não vou ficar me lamentando, de cima do terraço Pro fim do sofrimento, tô a um passo Pra acabar com a dor e deixar no ar as dúvidas Que mundo é esse? A vida é justa? Talvez na sepultura vou ter paz, finalmente Sem ser aberração com olhar torto de parente Mãe, agradeço os crentes que toda mão visita Agradecido por não internar na clínica Eu não sou louco, só que morrendo em desgosto Fiz do quarto calabouço pra matar o pai aos poucos Forçando sorriso, tristeza impediu A depressão é como um tiro de fuzil Que outra noite permitiu, vegetar sem lucidez É quente tio, não é problema de vocês Talvez, falar de sofrimento ajude em nada E elabore as perguntas na madrugada Por quê eu? Qual os motivos? Bagulho esquisito Vira e meche chega a soar nos ouvidos Você é uma promessa, acompanho a sua dor Vai chegar a sua hora, serás um vencedor Falô! De onde eu tiro forças pra lutar Vai acaba com o teatro eu tô cansado de chorar Já escutou os gritos da solidão no peito? Vai entender que a dor, é um sorriso que trás medo A lágrima nos olhos, carrega os meus segredos No reflexo do espelho A lágrima nos olhos, carrega os meus segredos Um refém dos próprios medos