Carranca na beira da ladeira Sou eu é quem mando aqui Na segunda-feira mandei acabar com três vidas Porque não tolero provocação Não, não, não Não, não, não Não Carranca na beira da ladeira O vendedor que faz sorrir Na quinta-feira te trago flores e velas Pra chorarmos pelos corpos no chão Não, não, não Não, não, não Não Vigiados noite e dia Meus agentes estão nas vias Pra certificar que ninguém vai trespassar Na minha avenida Sou sorrateiro e avassalador Seu suserano, seu governador Eu sou Eu sou! Eu sou a guerra e a arte que mata a vontade De ver pra crer que tudo pode acontecer Tenho o poder da mídia na minha mão Rádio, jornal e da televisão Não importam os meios, só o resultado final Afinal tenho olhos em todo lugar Paredes escutam e eu posso provar Cuidado com o que for pronunciar de mim Mantenho amigos perto, inimigos mais ainda Felizes aqueles que se curvam a mim na minha revinda Sorrateiro e avassalador Seu suserano, seu governador Forasteiro manipulador Soberano e dominador Eu sou Eu sou! Eu sou a guerra e a arte que mata a vontade De ver pra crer que tudo pode acontecer