Diga quem viu os olhos Daquele umbigo que se mexe Rebolando na ladeira Todo sujo da cortina De poeira dos destroços Da margem que se amplia E peneira noite e dia Quem aumenta regalia De quem arma arapuca De quem é aqueles olhos Da cor de Pitomba madura Que destrói as ilusões E arranca as porteiras Revela novas galáxias Expande as estrelas E peneira noite e dia E não tem medo da sorte Mergulhando em agonia Já não tenho segurança Pra traçar novos caminhos Desde que vi os zoinho Bateu uma desesperança De encontrar um tal sentido Nas naves na teoria Na verdade dos videntes Na estética poesia Quando eu vi aqueles olhos Eu mei que desmoronava Perguntando para o cosmos Enquanto desembestava