Colibri

amálgama / andradas

Colibri


Enquanto os verdes mares
Forem limpos
Claros como o céu azul
A noite púrpura
Assentada como um véu
Nos olhos vermelhos
No corpo nu

Desenho com a mente
A tua presença magra
Vento polo-sul
Adaga que me corta
E que me cega
Tempo remói as coisas velhas
E isso nunca me foi bom

Apaga
Corta com a faca
A falha
Tira de mim a dor
Doce amálgama
Que exala odor