Dentro do armário Guardo palha, guaiaca E não tiro de lá Trago nos olhos A visão do ginete E não tiro de lá Lendo, na boca O gosto de água ardente E não tiro de lá Sopro da pele O pó da povoadeira E não tiro de lá Guardo na mente A visão do meu verde Ouço ainda a batida dos cascos Num chão que agora é feito de aço Me encontro agora, numa encruzilhada Seguro os arreios, sinal tá vermelho Pra ruas com nomes que não dizem nada Nada! Sinto saudade Do chão de pelego Um dia eu volto pra lá O galope aforto Nos campos a fora Um dia eu volto pra lá Nada de antes Parece com agora Tô pelo tudo, o que vem de fora Não tem mais lugar pra viver aqui E se perdido Eu achar a porteira Que leve de volta Aos tempos de outrora Corro com as pernas Que Deus me deu (x4)