Cagado, filho de puta com pai desconhecido Aprendi a se virar na porra desta vida A putana da minha mãe enche a cara de querosene E bate as botas, se mandando pro além Crescendo e tomando porrada da madrasta Violeta, cafetina, gorda, fedorenta Nunca foi mesmo com a minha cara Devia ter matado esta porca nojenta A vida na rua foi foda pra caraio E por isso fui para na porra da prisão Filhos da puta arronbaram meu rabo Mas ainda pego eles com um três oitão Querô, Querô, Querô A vida sempre foi uma merda das grandes Agora apaguei dois tiras que folgaram Também estou ferido e não tenho mais futuro Daqui a pouco vem os homi e me fuzilam Gina diz pro Pai Bilu que não adianta rezar Eu já estou mais prá lá do que pra cá A minha perna não parece mais estar lá Os homens entram e começam a atirar Porra agora eu tô morto, estendido na cama Grito de vitória dos cuzões dos soldados Este sangue que agora corre pelo chão Ainda é capaz de gritar na solidão Querô, Querô, Querô