Sou peão de estância, Lá do meu rio grande E trago comigo A querência amada Terra que amo tanto Berço que nasci Lindos pinheirais E da serra o vinho Ainda sinto o gosto Dos lábios da gaúcha E este laço me puxa De volta pro sul Ao ver o cruzeiro do sul, Me vejo a chorar Venho minha infância Nos pingos que cai E o velho remanso Do rio uruguai E a lagoa dos patos É guaíba, ibicuí É a saudade que chora Nas cordas do meu pinho Se eu não nascesse onde nasci Por certo não seria feliz Lá aprofundei minhas raízes Naquele solo santo Do minuano que sopra Por várzeas e coxilhas Ouço o quero-quero me chamando pra voltar pra lá Ouço o quero-quero me chamando também quero voltar