Ho Vakwee Deitados numa ilha O dia vai morrendo e a noite aproxima O pavor e amargura da morte me dominam Enquanto que as estrelas menos simpáticas Guardam as suas clarividências Ouço o latir dos lobos Noutra margem deste arquipélago Amanheço numa floresta Onde comes o que matas e matam-te Para alimentares a natureza As velas apagaram-se Ninguém ilumina ninguém Ninguém procura entender a escuridão Coroando os olhos de quem quer ver E ler a cerqueira desta floresta que Tão injustamente inibe os prazeres paridos por um Deus O vento soprou a luz que brotava antes Das cinzas dos sonhos saturados A bandeira caiu por de cima da insígnia da república As crianças tão prematuras deixaram de acreditar Num paraíso prometido após os quinhentos anos As folhas cantaram o hino das promessas falhadas Os cães procuraram a sombra do regresso A chuva molhou à terra de tanto pecado As cortinas da catedral murmuram pela fé Que vai murchando a cada instante Que os fiéis vão menos acreditando em Deus Acordo numa rua, levanto-me Atiro o meu olhar entre os cantos todos da cidade A vela está apagada, o mundo todo desistiu de ser o mundo Em seguida atiro o meu olhar para as nuvens brancas Vejo uma borboleta com a cabeça forrada com um véu negro E com uma expressão que manifesta, a falta da sua luz Entre os cantos da terra