Liberdade é ver pássaros voando No vazio que existe entre o céu e a terra Liberdade é ver flor desabrochando No bonito vaso azul da primavera Liberdade é correr de peito aberto Contra o vento mensageiro das campinas Liberdade é esperar a madrugada Vir no colo de uma estrela matutina Como posso Libertar-me de mim mesmo Se eu sinto Os meus pés pregados ao chão Seu desprezo Condenou-me para sempre À cadeia Medieval da solidão Liberdade é fazer-se grão de areia Junto ao lago que se espalha no remanso Liberdade é deitar na grama verde Quando a luz do sol da tarde cai de manso Liberdade é sentir-se branca espuma Arrastada sobre a imensidão do mar Mas enquanto estiver presa na lembrança Deste amor não poderei me libertar