Deu a hora Uniforme passado, um gole no Coffee Correu pro ponto e foi-se embora Marmita engomada na mochila e pronta Partiu, acendendo a flora Descendo vielas enquanto corvos Sobem da noitada, chegando agora Se engessando logo de madruga À rodo, vai vendo, pensando, é foda Mas o foco é sua rotina, segue então A vida dura, mais oito horas No trampo pesado, perdeu a atenção Estressado com aquela história De uma crise nacional abatendo emprego Como grama, já é notória Mentalidade em receio fez perder A sua renda insatisfatória Mas era o que tinha e não reclamou De seu ganha pão, mas a sua volta Ostentação minando money Como água numa bica, gerou revolta Quatro bocas à sustentar de PA Em divisão familiar, é muita nota Uma ano após, perde a paciência Criminalidade vem e chega, bate na sua porta Desculpa Jão Agradece a humildade de reconhecer De verdade, mas não dá não A molecada me espelha em tudo Referenciando a minha provação Deus abençoa a caminhada, minha e sua Mas vou descer a viela, de novo então Correria continua, na Tabula do Destino Não há tempo para mutação Brown já dizia, quem procura acha Sem pressa o money vem, quem quer cifrão? Cada dia que passa, está mais difícil De se acreditar numa salvação TV aliciando sociedade ilusória Alimentando ócio todo domingão Resultando patos cegos no role Reforçando o negócio em faturação O mundo não se salva, mas nos residentes Plantamos sementes da reação Não importa o quanto bate O que importa é o quanto sofre pela educação Taqui um endereço de um sarau Coletiva e representa qualquer irmão Molecada da favela tem mais dificuldade Em concluir um sonho de visão Não é ilusão Tal propósito da missão