Posso antever, vejo acontecer Mas não consigo resistir Creio na ilusão, troco minha porção Por lentilhas que eu bem quis E o remorso vem, morre em mim também A ousadia e o ardor Foge-me a canção, tranco o coração Nas celas do temor Tento disfarçar, risos pelo ar Mas meu semblante entrega Temo me enxergar, ver que já não há Nada do que eu antes era E o acusador ri de cada dor Perco a paz, a fé e o chão Penso que é o fim, tudo que há em mim É só escuridão Mas tua graça alcança-me onde quer que eu for Dissipa o breu e faz manhã Traz vestes brancas de justiça, vinho novo de alegria Esperança no amanhã Quebra meu coração, reúne os cacos um a um Forma um mosaico em teu louvor Transforma pedra e pó em uma obra prima Na imensidão do teu amor Transforma pedra e pó em uma obra prima Na imensidão do teu amor E o que era pedra e pó agora é prova viva Na imensidão do teu amor