Ao vires uma jangada se afastando mar a dentro Como um comboio frágil se arriscando no deserto Punhal que sangra a pele desse imenso mar Atlântico Não temas pelos homens que tripulam a madeira Em breve, reduzida em tua íris de praiante À frágil linha trêmula na linha do horizonte Não temas pelos homens que tripulam a madeira Centauros brozeados, eles riem do perigo! São homens retos, bravos, destemidos da procela São cearenses simples, doces, sábios de seus mares Não buscam um dourado velocino ou qualquer glória E, caso não retornem, suas damas serão fortes E chorarão baixinho pra esconder sua tristeza E a os filhos cantarão o amor e as mais belas proezas Dos nobres jangadeiros que seu pão tiram da morte Dos nobres jangadeiros E a os filhos cantarão o amor e as mais belas proezas Dos nobres jangadeiros