Quando chove e o dia se descobre Atrás da pedra quente escorre Água forte até chão Tempestade chicoteia frente a frente A ponte sobre o rio Chove forte no sertão Somos corriqueiros personagens, Manequins nessa viagem Gente é nada perto da devastação Nada é mais violento do que a imensidão do tempo, Bem mais forte do que chuva de verão Do infinito cai Vazio estonteante e o tempo vai O vento varre o instante e a chuva faz Lavagem na retina O sertão é gente, Gente corre contra o tempo Mas o tempo voa na palma da mão Quando a vela apaga no topo do candeeiro Vê que tudo é passageiro, baque seco do trovão Somos corriqueiros personagens, Manequins nessa viagem Gente é nada perto da devastação Nada é mais violento do que a imensidão do tempo, Bem mais forte do que chuva de verão