O meu Chiquinho anda sempre arrepiado Anda sempre tão zangado Musicólogo rebelde do meu lado Suas baquetas se agitam, se estremecem Ao comando de um bumbo falante Que não para de marcar Seus olhos tão azuis de maré mansa Se transformam em oceano quando sente Que não pode se soltar Sua alegria é fazer um som bem livre Demonstrar todo o talento escondido No seu centro oprimido E, de repente, encontrar a turma quente O Hermeto, o Sivuca, Egberto e o Milton Nascimento Poder bater um papo lá no Chico Está marcado o grande ensaio com uma turma Que espera este momento Diz que jura, desconjura O som devagar Pede, clama e reclama Que não tocará Diz que jura, desconjura O som devagar Pede, clama e reclama Que não tocará Toca, toca, Chiquinho Ensurdece os ouvidos Desses surdos amigos Que é que vem pra escutar? Toca, toca, Chiquinho Pega um trocadinho Pela boca da noite Nessa marcha fatal Toca, toca, Chiquinho Ensurdece os ouvidos Desses surdos amigos Que é que vem pra escutar? Toca, toca, Chiquinho Ensurdece os ouvidos Desses surdos amigos Que é que vem pra escutar? Toca, toca, Chiquinho Pega um trocadinho Pela boca da noite Nessa marcha fatal Toca, toca, Chiquinho Ensurdece os ouvidos Desses surdos amigos Que é que vem pra escutar? Toca, toca, Chiquinho Pega um trocadinho Pela boca da noite Nessa marcha fatal Toca, toca Toca, toca, Chiquinho Ensurdece os ouvidos Desses surdos amigos Que é que vem pra escutar? Toca, toca, Chiquinho Pega um trocadinho Pela boca da noite Nessa marcha fatal Vai tocar!