Deixe minha solidão ficar sozinha Que o meu coração bate pela paz Com o meu violão ela é mais minha E o que o tempo fez ninguém mais desfaz Com a sorte nas mãos seguindo as linhas Queima a ponte que já ficou pra trás Entre a vida e a morte não há rinha E o que dói pode ser o que apraz Eu vou, sem louvor e sem censura Que a mágoa o tempo cura E por mais que seja dura a dor Nada para sempre dura Eu vou com os olhos bem abertos Mas com o peito descoberto Sem temer o que é o viver Deixe minha condição de ser sozinho Que a beleza da flor já me satisfaz Se o pão é trabalho; sangue, vinho Da vida viver é ser capaz