Da janela do teu quarto, pelo asfalto adentro Vejo a rede na varanda, se não fosse tão ruim Eu descia do meu carro, despertava o tempo Desatava o nó dos laços, viajava pelo espaço Eu me lembro que eu era tão feliz Eu me lembro de viver sempre por um triz São calçadas, são varandas, da fachada eu vejo Pela estrada, caminhadas, o teu nome em luz neon Do espelho da janela, meu retrato pelo avesso Avenidas, cinderelas, em vestidos de cetim Eu me lembro que você olhou pra mim Não me lembro já ter visto você triste assim Da janela eu vejo o mundo inteiro a se mover A cada esquina que eu passo, busco alguém como você