Clarim Diário

Manhattan

Clarim Diário


Da janela do teu quarto, pelo asfalto adentro 
Vejo a rede na varanda, se não fosse tão ruim 
Eu descia do meu carro, despertava o tempo 
Desatava o nó dos laços, viajava pelo espaço

Eu me lembro que eu era tão feliz 
Eu me lembro de viver sempre por um triz

São calçadas, são varandas, da fachada eu vejo 
Pela estrada, caminhadas, o teu nome em luz neon 
Do espelho da janela, meu retrato pelo avesso 
Avenidas, cinderelas, em vestidos de cetim

Eu me lembro que você olhou pra mim 
Não me lembro já ter visto você triste assim

Da janela eu vejo o mundo inteiro a se mover 
A cada esquina que eu passo, busco alguém como você