Vem desde o tempo da senzala Do batuque e da Cabala O som que a todo povo embala E quanto mais forte o chicote estala E o povo se encurrala O som mais forte se propala E é o samba É o ponto de Umbanda E o tambor de Luanda É o Maculelê e o lundu É o Jongo e o Caxambú É o Cateretê, é o Côco e é o Maracatu O atabaque de Caboclo, o agogô de Afoxé É a curimba do batucajé É a Capoeira e o Candomblé É a festa do Brasil mestiço, santuario da fé E aos sons a palavra do poeta se juntou E nasceram as canções e os mais belos poemas de Amor Os cantos de guerra e os lamentos de dor E pro povo não desesperar Nós não deixaremos de cantar Pois esse é o único alento do trabalhador