A notícia corre solta pelas quebras Musicaram o amor, misturaram com a guerra Dentro de você existe um Che, um Marighella O espírito guerreiro que vive na favela Sagrada peste negra na verdade se revela Respeite o proceder de quem faz a coisa certa Militante rimador há mais de uma década Humildade e lealdade, sempre de mente aberta Malucada infesta, manifesta sua vontade Ocupar, resistir, produzir felicidade Os canos silenciam em nome da igualdade Viver com tolerância a verdadeira malandragem Nos labirintos da vida eu fiz minha jornada Aqui Negro Lamar, a lenda viva da mãe África Regendo a sinfonia dos loucos da quebrada Amizade, poesia, resistência, a minha estrada Leva, o meu som contigo leva Pra alegrar a tua festa Quero ver você feliz Eu sonhei, acordei, na real concretizei Nunca tive dúvida, não desacreditei que sempre fui capaz de me fazer sorrir Gira, gira, gira o mundo que o santo tá aqui Vem conferir de perto a nossa conquista Na selva de pedra distante dos traíras Aqui cada soldado é o que é Ases da periferia, malandragem tá de pé O Clã é o oposto da sua fraqueza Daquilo que te aliena que te faz de preza O terror, a esperança O sorriso da criança O pânico do burguês Aquele te deixou na lama Levante Avante, me siga, resista Basta ser socialista ou ter consciência crítica A nossa lei na favela quem escreve somos nós Temos que ter a dignidade que teve nossos avós Versos africanos que eu dichavo no compasso Produto original que ultrapassa o teu fracasso Que invade as fm’s das comunitárias Da liberdade ao sacavém até cidade operária Ninguém segura mais A família tá formada Do, ré, mi, fá, sol, lá, sí A peste musicada Regendo a sinfonia dos loucos da quebrada Amizade, poesia, resistência, a minha estrada Leva, o meu som contigo leva Pra alegrar a tua festa Quero ver você feliz Leva do Clã esse som contigo, leva Sou Preto Ghóez, ladrão na prosa e no verso Na alquimia do verbo eu faço A rima que te ilumina e guia teus passos Na luz ou nas trevas ambas são nossas servas Do alto da Serra Zumbis nos observa Rapaziada, rochedo que insiste e não dá trégua Que resiste e não se entrega Sobrevive na selva de pedra Capitalismo, ascensão e queda Não é boato, não é versão, é fato Tio sam beijou a lona no primeiro assalto Nocaute eu o vi cair Golpe certeiro nos vermes do fmi Clã Nordestino autuado em flagrante Periferia é retaguarda, o Clã se garante Pois tem o dom do som dançante e pensante Pare agora, escute a verdade, eu falo, não calo, não meço palavras Não escondo minhas balas Ou mude ou desista Racista enrustido, da boca pra fora vomita e agrada Polindo minhas balas de raiva Leva, o meu som contigo leva Pra alegrar a tua festa Quero ver você feliz Leva do Clã esse som contigo, leva Por todas as quebras Ouçam a paz quando eu cantar a guerra Versatilidade também bem rima com resgate Marcelo Carvalho, chega aí Sócrates, vamô que vamô pra decidir Os mano chega, quebra tudo Quero ouvir Vamos decidir, vamos resolver A nossa tem que ser um paraíso e fim Fim do desencontro, fim das ilusões Vamos buscar amor na tristeza e assim Por que vou me importar com o que há de vir depois Se o paraíso é feito de nós dois De uma vez por todas vamos ser leais Não vamos mais brigar por coisas sem valor Vai ser muito bonito a gente se entendendo Tudo bem, na base da paz e amor Por que vou me importar com o que há de vir depois Se o paraíso é feito de nós dois