CL Jax

Confessionário

CL Jax


Batalhando com intenção de mudar de vida
Esse é meu sonho
Fazendo o que eu gosto mano
É uma das coisas que eu não abandono

Uma pa de mano me disse que isso é sorte
E é só pra quem é
Mais eu to ligado que isso não é questão de sorte
E sim, questão de fé

Há quase quatro anos batalhando nesse game
No peito e na raça, sem usar trampolim
Passando por cima dos obstáculos
Colocados no meu caminho

Eu ja passei mo perrê nessa vida mano
Já nem me lembro quantas vezes na infância
Me humilhando pedindo comida no bairro de rico
Quando eu era criança

Guerreira memo foi coroa
Que nunca expressava que tava cansada
Batalhou, se humilhou pra sempre levar
O alimento pra casa

Pois o filho da puta que nos abandonou
Sem responsabilidades
Pensão? Nem pensar
Assim ágia aquele covarde

Dai as circunstâncias acabaram fazendo
A mente dos irmão
Que acabaram trilhando um caminho mais curto
Pra resolver sua situação

Manipulação pra ostentação
O que fala mais alto é o cifrão
Que cega os irmão, com o cano na mão
E o ódio na mente o faz o puxar o cão

Jogando a sorte pro destino
E a liberdade logo sumindo
Sendo sempre monitorado
E nego na espreita esperando um vacilo

Servindo de exemplo pra quem ta mais perto
Um vida loka que nunca age correto
Reservando pra si mesmo um destino incerto
Cadeia, cadeira ou um cemitério

E se eu procurasse um caminho mais fácil?
Me deixasse levar pelo fracasso?
Se eu tivesse perdido a fé
Hoje eu não taria fazendo o que eu faço

Fui juntando todas as pedras
Que um dia a vida jogou em mim
Coloco todas no chão, uma do lado da outra
Ladrilhando o caminho

Seguindo sempre de cabeça fria
Mais com minha mente a milhão
Sobrevivendo em meio aos lobos
Mantendo a postura na contenção

Aqui nunca foi fácil, tive que tomar
Porrada na cara pra aprender a ser homem, óh
Por isso que as vezes meu semblante de ódio
Permanece e não some

Minha cara fechada também já demonstra
A revolta que eu tenho contra esse governo
Bando de nazistas, filhos da puta
Fazendo orgia com o nosso dinheiro

E o foda que isso já acontece a mili
E parece que nunca acaba
Nem depois que esses bando de cú
Inventaram essa tal de Delação Premiada

É uma pa de fita mano
É por essas e outras que eu odeio político
Se eu pudesse eu invadia o senado
E tacava fogo naqueles bandidos

E por causa disso, que eu sempre digo
Nos meus videos, que eu odeio político
Esses sim são os piores bandidos
Uma quadrilha de rico chamado partido

E ces ai do condomínio fechado
Que diz que bandido, são os meus chegados
Pode pa que ceis tao tudo enganado
Repensem sobre este fato

Vou fazer o meu corre de boa
Contando com a fé ao invés da sorte
Ter a chance de alcançar os malote
Sem ter que pegar no revolver

Tô ligado que nunca foi fácil
Mais tamo insistindo sempre nesse fato
Pra que tudo seja bem alcançado
Usando o rap pra abrir os espaço

Felicidade e dinheiro mano
Concerteza nunca vão andar junto
Mais tenha a certeza que isso ajuda
A melhorar a situação de muitos

Me diz ai entao quem não quer
Uma condição melhor pra família
E deixar de depender da porra da esmola
Do governo que sempre te humilha

Poder ficar doente e tranquilo
Sabendo que sempre terá sempre um hospital limpo
Só aguardando a sua entrada
E de lá, poder sair vivo

Pode pá que o que eu quero é isso
Viver de rap como único ofício
Mais sem perder minha ideologia
E nem as pessoas de que convivo

Tendo como uma base sólida
Humildade, que é uma virtude
Hombridade pra poder colar
Em qualquer quebrada com atitude

Temos que ter postura, carái
Agir conforme aquilo que cantamos
Pra aquele que tá lá no espelho
Se orgulhar de quem ta enxergando

Então mano, vou deixar de ser
O meu próprio inimigo
Por que assim o combate fica difícil
E sair vitorioso é um sacrifício