Ano novo, vida nova Faz quantos dias que eu não abro a porta? E não é pra só jogar o lixo lá fora Janeiro normalmente passa tão devagar Mas já é o décimo sexto dia Esse trem virou metrô, quem diria? E os sonhos vêm e vão Dançam na palma da minha mão Feito a borboleta da felicidade Daí confundo com a realidade Será que todo sonho é em vão? Quantos foram e quantos virão? E eu continuo vendo suas fotos E não nego que às vezes eu choro Você foi mais um sonho Um desses lindos que um dia foram Algo que eu acreditei Mas eu conhecerei outras pessoas Outros mundos Outros olhares sem fundo Quantos já foram E quantos ainda virão? E eu diria que os sonhos vêm e vão E que só chove depois do trovão Más nós sabemos que não é sempre assim Mas fica tão bonito falar isso num papo de botequim Talvez eu encontre outros motivos pra sorrir Quando eu abrir a porta Quando eu deixar o mundo se abrir Então desculpa por todos os meus dramas Ano novo, vida nova Mas acho que isso não muda Mas continuo sonhando E continuo rezando Pelo ano que virá Pela pessoa que encontrarei No espelho Quando dezembro chegar Até lá Que venha o décimo sétimo dia E quantos tantos eu tiver de enfrentar Dia após dia