Deu na Terra que são números de série sem mente nem opinião O Holocausto nosso de cada dia, tá rolando até hoje Munido com aquele intuito de ser nada Num mundo que está muito longe de ter fada Queria acreditar na ilusão do seu bairro: Com aquele chão, todo trabalhado no asfalto Com risos altos de um povo em paz. Eu sou Revolução! Pois o amor é ação. Eu não vou poder cantar enquanto sua boca estiver com fome. Maratona vem à tona e detona em intensa gritaria. Pra que todo dia seja dia de começo e recomeço Em um novo endereço Para que não haja preço sermos tão iguais. Eu sou Revolução! Pois o amor é ação. Eu não vou poder cantar enquanto sua boca estiver com fome. Bombas no Musseque ermo angolano. E o seu engano foi trocar o humano, pelo reluzente orgulho de ter mais. Quem dá mais? Ganhou! Findou com a paz dos humilhados, Renegados de nascença, sempre contrariados pela presença, Do sujo negócio que os deixam de fora.