Lindo Exodário, quanta ironia! Enxugamos lágrimas de então Se toda verdade não nos bastasse Sangue pelo chão, aquele revólver. Deitamos, e olhamos ao redor Tudo que havia se tornou pó Dê um ponto feche minha ferida Viver de mentira não será saída Lindo Exodário, quanta ironia! Enxugamos lágrimas de então Se toda verdade não nos bastasse Sangue pelo chão, aquele revólver. Do que adianta andar? Se não há mais chão a pisar Órfãos do que acreditar E o refúgio no Musseque está Choramos sem saída, rumamos em despedida Enfim a verdade despida O Musseque fez do fim o início E o precipício, um indício de uma trágica vida. Adeus, meu amor. Diga-me, quem era você? Sendo assim, grito a plenos pulmões: Policarpo e Maristela!