Cirugia Moral

Meio Estranho e Meio Cabuloso

Cirugia Moral


Meio cabuloso...
Meio cabuloso...
Tudo fácil, vai embora fácil
E voltar pro zero é um passo
Conectado no passado pouco distante
E no semblante já se via de longe
Boa coisa é que não tá pensando
O que será que agora tá tramando
Algum esquema, alguem que tem problema
Alguem que chora, alguem que se lamenta
Meio estranho e meio cabuloso, espaçoso com um futuro fosco
Marca registrada, na rua não dá nada
Seja na Saanba, na Seilandia ou na Chapa
É no D.F., a morte não aquece
E não dá boi, e muitos que enlouquecem
Ninguém se esquece ou se admira
Na culpa velório, enterro, na missa
Só foi mais um, entre milhares
Pra lá do muro, tristeza pros familiares
E é nos lares que se encontra o conforto
E no natal se ganha o tênis novo
Cena nova e o velho episódio
É só mais um na clínica do ódio
Tem quem tem dinheiro e Grand Cherokee
Tem umas jóia, uns ouro, um estopin
Tudo fácil, vai embora fácil
E voltar pra merda é um passo
Conectado no passado pouco distante
E no semblante já se via de longe
Boa coisa é que não tá pensando
O que será que agora tá tramando
Algum esquema, alguem que tem problema
Alguem que chora, alguem que se lamenta
Alguem que grita pedindo socorro
Querendo que você não seja morto
E a maioria por aqui não tá nem aí
Só esperando você cair
Tudo fácil, vai embora fácil
E voltar pro zero é um passo
Conectado no passado pouco distante
E no semblante já se via de longe
Boa coisa é que não tá pensando
O que será que agora tá tramando
Algum esquema, alguem que tem problema
Alguem que chora, alguem que se lamenta
Tem muita fita boa, diversas bocas
Muito dinheiro e uma vida a toa
Correndo risco, profissão perigo
Puxa o cão e aperta o gatilho
Regenerados pela ocasião
Desenpregados na fila da questão
O que se passa na cabeça você tá ligado
Sem estudo, formação ou trabalho
Se vive assim, a grande maioria
Na esperança de ser alguem na vida
Ser polícia, alguns tem coragem
Sinceramente eu não vejo vantagem
Nem a malandragem dos fraco de alma
Nem a pistola, nem o domínio de área
Vê a bagaceira, em plena sexta-feira
É mesmo assim, ninguem sai da mesma
Tando Pala e o Tomé, como pode?
Mas tem otário que sempre cai nos gope
O que é seu é seu, o que é meu é meu
Porque o seguro, de velho já morreu
Tudo fácil, vai embora fácil
E voltar pro zero é um passo
Conectado no passado pouco distante
E no semblante já se via de longe
Boa coisa é que não tá pensando
O que será que agora tá tramando
Algum esquema, alguem que tem problema
Alguem que chora, alguem que se lamenta
Quem for capaz de sair daqui ganha o prêmio
Um campeão da favela e do milênio
Ao extremo, barreiras, dificuldades
Se vai vivendo longe da maldade
Sem igualdade e sem miséria o sangue é derramado
De inocentes e culpados
Troca idéia, casinha, tocaia
Pra não erra e não ter falhas
Se tem chance? Aqui tem seis
E a revanche? Aí, só sei de mim
Em quem confiar, a não ser em você mesmo
E em Deus, esse é o segredo
Tem os primeiros que vão ser os últimos
E a sequência da vida toma outro rumo
Bem diferente, intransigente
Esqueço o crime, antes que a chapa esquente
Tudo fácil, vai embora fácil
E voltar pro zero é um passo
Conectado no passado pouco distante
E no semblante já se via de longe
Boa coisa é que não tá pensando
O que será que agora tá tramando
Algum esquema, alguem que tem problema
Alguem que chora, alguem que se lamenta