Na viela silencio Na madruga tensão Nos cruzamentos barulhos Chamam atenção São rachas, apostas Garrafas, jogadas De longe o mãos ao alto Já não me surpreende nesta caminhada E vou, olho no lance Momento de transe Atento permaneço Até que sirene saia do alcance A essas horas O risco é eminente Na cintura habita a malicia Carregada no seu pente Policia, bandido Corpos feridos é um artifício Destino causado Por esse vicio corrosivo E persistente Vou mais a dentro desta rua Pesando: Já vi de tudo E o brilho da luz se ofusca Ta embasado O movimento acontece No céu o raio sinaliza Que mais uma alma falece A noite cai Babylon seduz Avisto mortos de capuz Perambulando atrás de restos Vidas em estado terminal vegetam Não se concertam E o amor próprio, passo a passo Entrando em estado de alerta O amanhecer é o recomeço pra esse fim Ou esperança que um novo dia mude a trajetória? O que me resta é plantar o bem para que assim Exista chance e redenção pro nascer de uma nova história Mais um doente Enfrenta o enfermo, esquenta o inferno É interno o termo, enterra o terno Lhe foge a farra Caminhando entre ossos Foram corpos, quantos nossos Cavaram uma saída aos destroços Trava o passo Observo o descaso É menos pior Sua sentença é meu decreto Tu é o oposto de jô Vive perdido no pó Faz o pedido sem dó E na garganta um nó Tu sacia sua vontade E na matina segue atento Liberdade de detento Fugindo sem argumento O progresso em passo lento E depara a barca Que te para, é giroflex E a bala que te abala Desce o corpo que padece Não tá relex não tem Rolex Nem total flex Seus bens acumulados Na poeira branco neve Não ta relex Não tem Rolex Nem total flex Raciocínio Sombras da noite ruas vazias Melhor nem pensar no que passa lá fora Dentro de um canto obscuro Cada canto contém sua história Estado de alerta se assusta Com a sombra, perigo no canto do olho Revise, forje a farra que faz Sirene e convite Do que adianta esperar o mal Morrer de velhice Eu acordo assustado no meio da noite Mas não foi a chuva que em assustou Aonde estou, eu paro pra respirar Esquecer aquilo que estava pensando A morte neste destino fabrica A sina saga de um anjo Que voa entre as nuvens Desvia da chuva, evita a sorte Agora não importa E quando vai, não volta Se encontra de frente as portas E como todos, chega a não acreditar Se sente, tão longe e tão perto Começa a tortura familiar Anota ai seu colunista Na lista de jornal falho Escreva revolta a vista Viemos causar estrago Na rima eu to afiado Sublime a conceitos falhos E a cada passo no compasso Eu faço um trato e é notável o que é real Periferia resiste E no contra ataque é surreal E o capital demais faz mal E se corrompe sua postura ele é letal Meu flow é meu instinto animal E o koyote no mic é fatal Curitiba é uma selva de gelo E o subzero no mortal combate Ta na casa casa com a arte Meu terá mais que seu gigabytes Estou pronto pro próximo round Mas desta vez ganhar de assalt Joga toalha, foje ou age Pois meu jab é contra ataque Pro sistema ir a nocaute K.O, num flow, num show Represento minha família Aonde estou e aonde vou Deixo minha marca Aonde for