A vida se consome No espaço de um instante Não há tempo de me adaptar Ao seu modo de amar A cada tentativa, um fracasso E a cada fracasso, um verso Eu sou o inverso de você Talvez o jeito que me expresso Talvez o jeito de não ser Do jeito que eu quero Você não sabe o quanto À noite me escorre o pranto Chego a delirar e acreditar Como quando o pobre roga ao santo Por que não nos acostumamos Se seremos sempre os mesmos? Talvez o jeito que me expresso Talvez o jeito de não ser Do jeito que eu quero E se não nos conformamos Em fingir para viver em paz Eu não sou capaz De te deter em não me querer E o que nos falta é um pouco de compreensão Desses nossos sonhos sem razão