Mais um dia que passou Mais um eu que não mudou Mais mil horas sem andar Pelas ruas sem amor É estranho não remar à favor da própria alma Por gritar demais, calei Por sonhar demais, cansei Por voltar atrás, me dei Por voar, sem chão fiquei É estranho não pousar Quando à casa o homem torna Quem te quis para mim Se não eu nos mais sãos Dos meus delírios Assisti meu temor Ao beijar o seu belo par de coxas Meu pecado é o remédio Que insiste em curar Você de mim Logo eu aos tais divãs Logo agora que as manhãs Me relembram as maçãs Que suguei enquanto amantes É estranho o meu suor Ser o mar que não me afoga Quem te quis para mim Se não eu nos mais sãos Dos meus delírios Eis-me aqui pra lutar Mas meus pontos são tão fracos Que me viro do avesso E aceito o meu triste lugar Quem te quis para mim Se não eu nos mais sãos Dos meus delírios Assisti meu temor Ao beijar o seu belo par de coxas Meu pecado é o remédio Que insiste em curar