Ciganerey

Me Dê o Pão Que Eu Não Morro de Fome

Ciganerey


Meu Deus!
Abençoado seja o Borel
Pela luz dos olhos do pavão
Nos dai o santo pão de cada dia
Do sol no trigo a transformação
Nasce o alimento para o mundo saciar
Na mesa do plebeu e da nobreza, em cada lar
O povo na lida juntando migalhas
Que gente sofrida sonhando vencer!
É a massa que muito mais se dá sem receber

Cordeiro de Deus, o nazareno ensinou
Dividir o pão, partilhar o amor
A tolerância, igualdade e a fé
Lição de vida para humanidade

Ó pai, conceda esperança
Corpo e alma em plena harmonia
Nos livre da ganância, da corrupção
Das garras da fome que sangra a nação
É hora de dar as mãos
Cumprir nossa missão com a sociedade
O fim da discriminação
O negro é raiz, clama liberdade
Meu samba vai ecoar em forma de oração
Hoje a Tijuca vem cantar
Com a voz que vem do coração

É tempo de paz, eu peço união
Canta Tijuca com devoção
Acende a chama que aquece a vida
Sagrado pão em comunhão nessa avenida