Meu Deus! Abençoado seja o Borel Pela luz dos olhos do pavão Nos dai o santo pão de cada dia Do sol no trigo a transformação Nasce o alimento para o mundo saciar Na mesa do plebeu e da nobreza, em cada lar O povo na lida juntando migalhas Que gente sofrida sonhando vencer! É a massa que muito mais se dá sem receber Cordeiro de Deus, o nazareno ensinou Dividir o pão, partilhar o amor A tolerância, igualdade e a fé Lição de vida para humanidade Ó pai, conceda esperança Corpo e alma em plena harmonia Nos livre da ganância, da corrupção Das garras da fome que sangra a nação É hora de dar as mãos Cumprir nossa missão com a sociedade O fim da discriminação O negro é raiz, clama liberdade Meu samba vai ecoar em forma de oração Hoje a Tijuca vem cantar Com a voz que vem do coração É tempo de paz, eu peço união Canta Tijuca com devoção Acende a chama que aquece a vida Sagrado pão em comunhão nessa avenida