Quando o leiloeiro apregoou Vai haver uma princesa no leilão Não sabia que vendia Quem daria a luz um dia A raiz da libertação Liberdade, palavra com sabor de mel No cativeiro tão cruel Negros fugiam e se reuniam Entre vastos palmeirais Eis que a nação quilombola surgiu Evoluiu muito mais O rufar dos atabaques Ecoava pelos ares No grito de liberdade Do quilombo dos palmares É festa na aldeia É canto, é dança, é batucada A lua no céu clareia É o sangue, o suor, a raça É ganga zumba que chegou pra desbravar Aquele povo bravamente despertou Existe a luta para quem quiser lutar E este exemplo pelo tempo se espalhou Liberdade, um direito E nos versos da canção É a brisa que me embala É a força da razão