O catadô tem que catá, toda história, toda vida de amargá O amor tem que vencê, pra que a dô do catadô venha morrê E o plástico tem que sobrá, pra que a comida catadô não vá faltá Quantas latas há de vive, pra que a vida catadô vá floresce O catadô vai degusta, o resto da nossa alma no catá Se catadô, ele se cansá, esse mundo de lixo vai nos afogá E nesse sonho, resta papelão, andá na chuva com carrinho e coração E sendo assim mundo esquisito, o catadô cata cata no infinito O catadô tem que catá, toda história toda vida de amargá O amor tem que vencê, pra que a dô do catadô venha morrê Sua donzela é noite e lua, o caminhar do andarilho lá na rua Vai reciclar toda nossa dor, pra que a vida catadô tenha sabôr