Ei lá lá ê Ei lá lá ê Ei lá lá ê Ei lái lái lái Ei lá lá ê Ei lá lá ê Ei lá lá ê Ei lái lái lái De novo já tô vortando Agora é carreira do ‘í” A viola tá tocando Eu vejo as corda tiní Ela tá me acompanhando Que é pro meu verso saí Eu quero cantá saudando Os de fora e os daqui E neste repente que eu faço Tô mandando o meu abraço Pra quem minha voz ouvi Eu tô mandando o meu abraço Pra quem minha voz ouvi Dô um viva pros pedreiro Que vive de construí Que também viva o carteiro Que corre daqui e dalí E também viva o roceiro Que passa a vida carpí E viva o pobre e o ricaço Que também viva o paiáço Que faz criançada ri Que também viva o paiáço Que faz criançada ri Eu vejo a viola tocando Eu começo a refletí Na ideia eu fico lembrando Lá do sertão onde eu nascí Faz mais de quarenta ano Que eu tô morando aqui E hoje eu moro na cidade Mas quando bate a saudade Dá vontade de sumí Mas quando bate a saudade Me dá vontade de eu sumí A minha tapera arcada O ranchinho que eu viví Quando era de madrugada Na hora do sór saí Cantava a passarinhada Era gostoso de ouví Mais quando o galo cantava Todo mundo alevantava Pra sua missão cumprí Todo mundo alevantava Pra sua missão cumprí Às vez num toco eu sentava Que é pra mim podê assistí O sanhaço repicava Já respondia o bem-te-vi Quando o tiziu cantava Eu tinha vontade ri Porque o tiziu é um passarinho Que ele canta, dá um pulinho Depois torna a repetí Que ele canta, dá um pulinho E depois torna a repetí João de barro é o pedreiro Coisa linda eu nunca vi Pega barro o dia inteiro Para seu rancho construí No arto do anjiqueiro Que ninguém pode subí Ele faz a sua moradia Vento forte e ventania Não derruba ele dalí Vento forte e ventania Não derruba ele dalí O que deixa com dor Que eu não posso admití É quando chega os caçador Com espingarda e fuzí São pessoas sem amor Que gosta de se exibí E vem chegando de mansinho Dando tiro em passarinho Pra podê se divertí Dando tiro em passarinho Para podê se divertí Outros prende no arçapão Pro coitado não fugí E o bichinho na prisão Não pode saí dalí Nunca mais vê o sertão E vai tê que morrer ali E sem juiz foi condenado E o crime do coitado É cantá pra gente ouví E o crime do coitado É só cantá pra gente ouví Mas Carrara não qué casá Ele mesmo disse aqui Que não vai comprá jorná Para com os outro dividí Ocêis não vão acreditá Se eu contá vocêis vão ri Esse feição de lobisome Que ele só gosta de home Só tá fartando assumí Ele só gosta de home Só tá fartando assumí Diz que eu sô casamentêro Dito, largue de mentí Quero que ocê case ligêro Pra largá a mão de me seguí Atrás de mim o dia intêro Onde eu vô ele qué í E da maneira que eu idéio O Ditão depois de véio Tá virando travesti O Ditão depois de véio Já tá virando travesti Falei pra minha muié De Sorocaba eu vô sumí Ela perguntô por que é Então pra véia eu respondi Carrara pega no meu pé Do Dito eu quero fugí Então minha véia respondeu A muié sua sou eu Mande o Dito desisti A muié sua sou eu Ocê mande o Dito desisti Agora o tár de Zé Pinto Com essa feição de sagui Quero que você vá pros quinto E nem precisa despedi Falo a verdade, não minto Leve o Dito pra Tatuí Ainda quero dá uma boa ideia Ocê largue da sua véia E com o Dito vá dormi Já cantei, eu já brinquei Acho que eu já respondi Agora eu vô ficá parado Despedindo do povo aqui Para o Darci, muito obrigado Miranda que chegô aqui Eu quero dá muito obrigado Da cinta que eu recebi E por aqui vou terminá Deus que pague em meu lugá Pra todos os que tão aqui