E se... No verso da coxa eu escrever uma poesia É a língua na poça lambendo a Lua vadia É a noite sem roupa, vagarosa e macia Vem, sussurra teu nome, sussurra ó ventania Vem, sussurra teu nome, sussurra ó ventania É a cachaça, é a fumaça, fisgando a luz do dia É a pedra na vidraça, é um cisco, é agonia É o tombo na navalha, dissonante sintonia É salgar o espinhaço de um sapo em sepsia No fundo do poço é cosa nostra, nostalgia Quando lembro gostoso do teu corpo melaço Do teu lábio melado, melanina e melancia Balançando em minha rede, usina da melodia Balançando em minha rede, usinando a melodia Vem, balance, dance, dance, em mim o dia Balançando em minha rede, usina da melodia