Tento acreditar que foi um sonho Nossa... Pra explicar ou entender vai ser foda Um rolo compressor como se fosse o mais fudido devastador impacto fulminante Não me restou uma saída ou outra chance, não Por um instante pensei que era aquilo e só Tristeza de dar dó, desilusão com tudo Caiu meu mundo eu me senti só o pó A gente acredita, vai e se dedica, mata, morre por alguém por algo que se tem Porém, no escuro, pelas costas vem um tiro fecham-se as cortinas e você não é mais ninguém última cena, último ato, a dor... Porcos festejam sobre o corpo de um defensor Que dedicou... enfim... o máximo de si que então tentou, então tentou e se fodeu no fim Não sou ator, isso aqui não é novela Real realidade, eu faço parte dela Não tô entre um comercial e outro e tal Passando a rola e pá na pilantra da atriz principal Eu tô falando de traição, de pilantragem Minha poética versão, minha verdade Mais apurada sincera que deus me deu Até parece que foi sonho meu Sonho meu... Até parece que foi sonho meu Sonho meu... Como faz falta um abraço seu Não vejo a hora de isso tudo acabar Me dá uma chance, eu quero acreditar Que nada dessa porra aconteceu Seis da manhã A insônia me pegou, me fodeu, trouxe a lembrança Nada de chá, nada de café Eu quero é um gole de amor, de esperança Paz de criança dormindo, ligou? A tática perfeita, o respeito, o amor... O coro Oh! oh! A gíria morou!? A úultima ponta de luz, puxou? Talvez um dia lá você esteja louco, lá Com o dedo no gatilho, suando frio pronto pra atirar Firmeza, seu mano, e você firmeza O plano definido, a fita derradeira Não falo de contrato, eu falo de amizade O fato é o que eu falo e o que eu faço é com cumplicidade Na malandragem do bem quem liga ligou Sou quem rima o terror, tô na paz do Senhor Ei, meu mano, num atirou pipocou Faltou disposição na ladeira, me abandonou Aonde estou, que treta, que fita Esta é minha vida eh... cê acredita? Em um instante tudo se perdeu Quem é você, me responde quem sou eu? O fim da linha por um erro que cê cometeu Até parece que foi sonho meu... Sonho meu... Até parece que foi sonho meu Sonho meu... Como faz falta um abraço seu Não vejo a hora de isso tudo acabar Me dá uma chance, eu quero acreditar Que nada dessa porra aconteceu Fui humilhado, tratado como um nada, um bosta Inocente ou culpado agora não importa, bosta! Perdi a vida, fecharam-se as portas, bosta Não tive média, me expulsaram da escola, bosta Minha ferida não cicatriza, é foda Tudo o que passei, o que sofri, quem se incomoda? Como é foda saber que a causa é uma bosta E a conseqüência na sua cara engatilhada, é foda Passa o dia, passa a hora, passa o tempo... passa a bola É foda, minha memória infectada descontrola abala o corpo e sobra a alma pra vitória, bosta Um pobre dialeto que me sobra, vi violência pura me tortura, como é foda, sonho um dia ser feliz Sair da bosta, um salve pras cadeias do país Paz e Glória... Sonho meu... Até parece que foi... Sonho meu