Oigalê coisa bem feia, É ver um potro corcoveando, Se boleando sobre a areia, Pra apertar quem vem montando. Venho no mundo enforquilhado E quero seguir gineteando, Enquanto existir aporreados Só quero Deus me amadrinhando. Sou um ginete enforquilhado e peço a Deus a proteção, No tombo de um aporreado, Só mango e crina nas mãos. Cuidado o primeiro pulo, ajuda mais o peão, Depois deixe que berre, Escondendo a cara nas mãos. Na hora em que me enforquilho, Sinal da cruz eu não me esqueço. Quem não respeita os cavalos, A vida cobra seu preço. Nem tudo sempre se ganha, A sorte também leva tombo. Se os cavalos soubessem sua força, Ninguém parava em seu lombo. Se os cavalos soubessem sua força, Ninguém parava em seu lombo. Oigalê coisa bem feia, é ver um potro corcoveando, Se boleando sobre a areia, pra apertar quem vem montando. Venho no mundo enforquilhado, E quero seguir gineteando. No lombo dos aporreados, só quero Deus me amadrinhando. Enquanto existir aporreados, Só quero Deus me amadrinhando. Sou um ginete enforquilhado e peço a Deus a proteção, No tombo de um aporreado, Só mango e crina nas mãos. Cuidado o primeiro pulo, ajuda mais o peão, Depois deixe que berre, Escondendo a cara nas mãos. Mas sei que vou me afastar, Do lombo e da gineteadas. Um par de espora prateada, Registra uma história sem fim. Trago no sangue a bravura e a paixão pelos aporreados, Só quero ensinar o que eu sei, pra quem vem depois de mim. Só quero ensinar o que eu sei, pra quem vem depois de mim. Nas gineteadas da vida, Parceiro se faz campo a fora. Mas no lombo dos aporreados, É só eu, o mango e as esporas