Quando a serpente te morder Quando toda alegria se perder Quando o dia se esconder Não haverá luz. Só lanternas ligadas Só velas do passado Numa corrente do medo Num tempo frio Num reflexo do que é o mundo Só o breu Espere a energia voltar Para começar a viver Não se plugue nas pessoas Por puro colapso de prazer Ao apagar das luzes A chuva da discrepância Vai encharcar todos: Meu filho, tua irmã Aquele deitado entre o lixo Você morto em frente a TV O homem que espera A velha que reza Quem pode e apenas vê tudo acontecer Espere a energia voltar Para começar a viver Não se plugue nas pessoas Por puro colapso de prazer Tudo vai ficar escuro Com data e horário marcado Vai ser em primeiro de Junho Aniversário do burro poder Pode ser um feriado Com um grande show Com um grande luar do sol Porque não vai ter energia Não vai ter nem lua Vai ser tudo de dia